Odú Ejiologbon ou Oyeku Meji

13 – OLÒGBÓN: Lutas difíceis, astúcia, sagacidade e destreza para conseguir fortuna ou bem estar.
EJIOLÒGBÓN ou OYÈKÚ

Responde com 13 (treze) búzios abertos.
EJÍ OLÒGBÓN é o 13º no jogo de búzios e o 2º na ordem de
chegada do sistema Ifá, onde é conhecido como OYEKU MEJI. Em Ifá é
conhecido, entre os fon (jêje), como YEKÚ MEJI, palavra cuja etimologia é
desconhecida.
Existe uma corrente que pretende dar a esta palavra um
significado que está ligado ao termo “YÊ” (aranha) e “KÚ” (morte), por
considerar-se a aranha como um animal de mau agouro e anunciador
da morte. Já em Nagô, o sentido pode ser o seguinte: “tudo deve
retornar depois da morte.”
Os nomes honoríficos deste ODÚ são: ALAGBA BABA EGUN (velho pai
dos EGUNS); Alagba Baba Mariwô (velho pai do mariwô). Títulos este que
designam o chefe vivo dos “KUTUTO”, de quem OYEKÚ MEJI é o chefe
espiritual; “YE-KU-MA-YEKE” (nós somos compostos de carne e de morte); e
“ZAN-KI” (o dia está morto), esta última expressão usada pelos arautos;
“ago zangulê”, do Abomey, para anunciar a morte do rei.
JIOGÊ ou EJIOGÊ (dois “YÊ”, duas mães), evocando como EJIOGBÊ, a
dualidade céu e terra.
EJI OLÒGBÓN corresponde, na geomancia européia, à figura
denominada “POPULUS”. E é um ODÚ composto pelos elementos terra
sobre terra, o que indica a saturação total, o esgotamento de todas as
possibilidades de acrescentar-se algo, o fim de um ciclo, a morte.
Corresponde ao ponto cardeal oeste, à carta nº 13 do Tarot (a
“MORTE”) e seu valor numérico é o 16. Suas cores são o negro, o branco
nacarado e o cinza prateado. É um signo feminino, representado,
esotericamente, por um círculo inteiramente negro, ao contrário de
EJIOGBÊ (EJIÒNILÊ). OYEKÚ é a noite, o inverso do dia; a morte, o inverso da
vida.
Alguns advinhos afirmam que este foi o primeiro ODÚ a ser
criado, tendo perdido seu lugar para EJIOGBÊ. Esta opinião prende-se ao
fato de que as trevas existiam antes que fosse criada a luz. OYEKÚ MEJI
(EJIOLÒGBÓN) é exatamente o contrário de EJIOGBÊ, ou sua complementação.
Representa o ocidente (“LISAJÍ”), a noite (“ZAN”) e a morte (“KU”).
Quando EJIOGBÊ veio a Terra, não existia a morte. OYEKÚ MEJI
(EJIOLÒGBÓN) aqui a introduziu e dele depende o chamamento das almas e
suas reencarnações após a morte. OYEKÚ MEJI (EJIOLÒGBÓN) participa dos
rituais fúnebres e um pouco das guerras. É ele quem comanda a
abóbada celeste durante a noite e o crepúsculo.
Devido a sua influência direta sobre a agricultura e toda a
produção agrícola, aqueles que nascem sob este signo poderão ser
excelentes agricultores. Todos reconhecem neste ODÚ uma enorme
influência e uma estreita relação com a Terra, que reafirma sua
condição de oposição a EJIOGBÊ, que comanda o Céu.
OYEKÚ MEJI (EJIOLÒGBÓN) ensinou os homens a alimentarem-se de
peixes. Com este signo vieram ao mundo o couro de crocodilo, o
focinho do hipopótamo, o chifre do rinoceronte, e todos os animais (de
pelo ou de penas) que possuem hábitos noturnos; as nodosidades das
madeiras e os nós das cordas.
Representando tudo que é neutro, ineficiente, fatal, o
conformismo, aquilo que cai, que se decompõe. É o declínio do sol, o
final do dia, o fim de uma etapa. Anuncia um acontecimento nefasto,
uma notícia desagradável, um falecimento, uma condenação na justiça.
Determina sempre o fim radical de uma situação, ou que pode ensejar,
ou não, o surgimento de uma nova condição.
Os filhos deste ODÚ são pessoas dóceis, de temperamento
mórbido, que preferem ser dirigidas e orientadas por alguém em que
depositam confiança cega. Preferem viver em grupo.
– PELA AMARRAÇÃO DE IGBÔ:
Quando em IRÊ (Positivo), EJIOLÒGBÓN MEJI pode apontar: mudanças para
melhor, fim de uma situação desagradável, boa orientação de alguém
que deve ser seguida, desmascaramento de certa pessoa que vem
agindo com falsidade, intuição correta, capacidade de convencer,
eloquência, fidelidade no amor, neutralidade em relação a uma briga
ou disputa envolvendo outras pessoas.
Quando em OSOGBÔ (negativo), este ODÚ indica: ineficiência,
incapacidade de tomar decisões, queda de situação, morte do
consulente ou de pessoa a ele ligado. Fala, principalmente, de morte de
pessoa do sexo feminino. Notícias ruins que estão para chegar;
rompimento definitivo de qualquer relação; esgotamento de
possibilidades e de recursos.
Quando em OSOGBÔ ARUN (IGBIN) este ODÚ fala de problemas com as vistas,
os estômago, aparelho digestivo em geral, bexiga, útero, queda de
temperatura do corpo, perturbações emocionais, alucinações
fantasmagóricas.
Neste ODÚ falam as seguintes divindades:
Orisás Nagô: NANÃ, IYÁMÍ OSORONGÁ, ÒMÒLÚ, OBÁ, OLÒKÚN, OYÁ, OSÓSI, OGUN, ÈSÚ, EGUN e ÒRÍ.
VODÚNS Jêje: IGBAADÚ, KUTUTO, TOHOSÚ, DÃ, SAKPATÁ e HEVIOSO.
Aos filhos de EJIOLÒGBÓN MEJI é vedado: destruir, seja por fogo,
veneno ou algum outro modo, qualquer tipo de formigueiro. Também o
vinho da palma lhes é vedado. Não devem usar perfumes fortes e nem
roupas vermelhas.
Para manterem seu signo sempre em IRÊ (positivo) devem
banhar-se com folhas de cabaceiras e algas. A pérola negra e o quartzo
fumado são excelentes catalisadores das vibrações positivas deste ODÚ.
– Interpretação pelo SISTEMA DOS QUATRO PONTOS CARDEAIS:
Esse ODÚ é um dos mais velhos e as pessoas regidas por ele,
poderão vencer as maiores dificuldades, mas não possuem muita sorte
no amor e, por essa razão, vivem constantemente perturbadas, porém
não deixam de ser trabalhadoras, honestas ao extremo, possuem muita
vontade própria, são muito conscientes, sensíveis, e quando se sentem
agredidas, tornam-se, momentaneamente, vingativas.
Esse signo, representa a morte, ocasiona acidente, destruições,
traições e separações; mas, de um momento para o outro, poderá
haver o fim de um longo sofrimento e surgir um novo horizonte cheio
de surpresas.
Quando ele se apresenta, costuma indicar a morte para o
consulente ou para uma pessoa da família. E o tipo de morte é quase
sempre por feitiços, principalmente em cemitérios, pois ele tem
demasiado envolvimento com EGUN.
As pragas e os feitiços das pessoas desse ODÚ, são por demais
perigosas e com muito efeito, e infelizes serão os seus inimigos os
quais tentarem guerrear ou cair no desagrado.
Para as pessoas que se encontrarem doentes, qualquer
posicionamento será perigoso, com exceção, e unicamente, quando
cair a direita (lado do futuro positivos).
Se sair 13 (OLÒGBÓN) na 1ª posição = perigo
de morte e entrega do ebó no mato.
Saindo 13 (OLÒGBÓN) na 2ª posição = notícia
ou futuro perigo de morte e entrega de ebó
na água.
Se cair 13 (OLÒGBÓN) na 3ª posição = morte
em poucos dias e entrega do ebó no mato.
OBS. : Quando sair nas três posições = o caminho será água
Se sair 13 (OLÒGBÓN) nas 4 posições = cercado
pela morte, porém há uma pequena
esperança: “nascer” para o ÒRÌSÁ (feitura de
santo).

Sobre eweorisa

Olá, Sou iniciada no culto afrobrasileiro denominado Candomblé de Ketu, como omó-orisá de Yemanjá. Quero ajudar as pessoas que tem problemas de origem espiritual, bem como aquelas que gostam de estudar sobre o tema. Aqui você também pode solicitar aconselhamento via msn e encomendar seu banho de folhas sagradas do culto do Orisá para diversos fins. Asé.
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